sexta-feira, 29 de maio de 2009

Síndrome do céntesimo macaco


Escuto muitas pessoas dizerem que o mundo está cada vez pior, que está muito violento etc. Por outro lado, existem pessoas, que acreditam que o mundo está melhorando, independente do quadro negativo que vemos no cotidiano. Muitos estudiosos da visão holística, escritores, espiritualistas e pessoas de boa-vontade compartilham com a idéia de que uma mudança qualitativa para o planeta começa com a mudança pessoal.

Shakti Gawain, no livro “Vivendo na Luz Um Guia para a Trasnformação Planetária” conta esta história:

“Talvez voce já tenha ouvido falar da síndrome do centésimo macaco. Em 1952, no Japão, os cientistas estavam estudando o comportamento dos macacos selvagens. O principal alimento deles era batata-doce. Um dia eles viram uma macaca fazer algo que jamais havia feito antes – Lavou a batata antes de comê-la. Cada vez mais macacos passaram a fazer isto. Depois, em 1958, quando todos os macacos da ilha já haviam adotado esse novo comportamento, os cientistas da ilha próxima começaram a informar que os macacos das suas ilhas também estavam começando a lavar as batatas. Não havia nenhuma ligação física entre as ilhas e ninguém trasnportara nenhum macaco de uma ilha a outra.
Este estudo ilustra algo de avassaladora importância para a raça humana e para o nosso planeta. Lavar as batatas foi um novo nível de consciência para esses macacos e, quando muitos deles o aceitavam, essa consciência era aparentemente trasnferida para os macacos das ilhas em volta, sem nenhum contato fisico, sem nenhuma comunicação direta. A consciência de cada indivíduo está ligada e é uma parte da consciência de massa. Quando um número pequeno, mas significativo de indivíduos passa a um novo nível de consciência e muda significativamente seu comportamento, essa mudança é sentida por toda a consciencia de massa. Todos os outros individuos se voltam para a direção dessa mudança. E tudo isso talvez tenha começado com um único indivíduo que deu o primeiro passo.
Muitas vezes olhamos para o mundo à nossa volta e nos sentimos incrivelmente desamparados para realizar qualquer mudança positiva que tenha algum significado. O mundo parece tão grande e numa tal confusão – e nós nos sentimos muito pequenos e impotentes. A história do centésimo macaco nos ajuda a ver como um ou poucos indivíduos podem ter força na trasnformação do mundo”

Faz alguns anos, que li, “Vivendo na Luz Um Guia para a Trasnformação Planetária” Concordo com as idéias apresentadas por Gawain. A Síndrome do Centésimo macaco ilustra a força que a mudança pessoal pode trazer para uma mudança coletiva.
Shakti Gawain também é autora de outros livros, um destes é Visualização Criativa que ensina como utilizar imagens mentais para facilitar o desenvolvimento pessoal.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mensagem de Clotilde Tavares

Este livro é excelente para quem deseja entender a visão holística.

Lendo o livro Iniciação À Visão Holistica de Clotilde Tavares encontrei esta mensagem para sonhadores como eu que acredita na fraternidade universal:


“Não podemos mais ficar passivos, sentados, esperando que a revolução da consciência passe à nossa porta, elevando alto as suas bandeiras e rufando os seus tambores. Essa revolução já começou, já está em curso, e é uma revolução silenciosa. O rufo dos tambores são as batidas dos nossos corações e o seu estandarte tremulante é o vento que sopra em nossos, cabelos, nos trazendo a resposta que, como dizia o poeta Bob Dylan, “...is blowing in the wind”. É preciso apenas ter ouvido para escutar e mãos para construir.

É deixar que flua úmida e quente a seiva da paixão, que lategem e pulsem as veias rubras da emoção. É lembrar que os sistemas que negam a paixão e a emoção, descaracterizando-a por não serem científicas, rapidamente criarão esquemas policiais para reprimi-las e, finalmente, destruí-las. Se permirtimos isso, nos trasnformaremos numa sociedade de autômatos.
Precisamos reinventar o mundo, ou melhor, reinventar a nossa forma de vê-lo, de entendê-lo, de senti-lo. Usar o cérebro na sua totalidade, o hemisfério esquerdo para saber e o hemisfério direito para ser, e ambos juntos para compreender. É não aceitar mestres nem gurus, especialmente aqueles que nos mandam olhar para as estrelas para meter a mão em nosso bolso. É ouvir o mestre interno que existe em todos nós, que se fará audível quando nos conectarmos com a nossa dimensão cósmica. É entender que todos os caminhos são válidos, quando pecorridos com amor.

É entender que a busca da igualdade é uma utopia negativa porque pressupõe o fim da história e estabelece limites aos desejos humanos. É perceber que as pessoas que pensam diferentes de nós não são melhores nem piores do que nós, nem estão certas ou erradas em relação a nós; pensam diferente de nós apenas isso. E é lembrar que quando todos pensam da mesma maneira, é sinal que ninguém está pensando muito.

É preciso começar a ser razoável e desejar a utopia. Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Quanto mais alto sonharmos, mais alto chegaremos. E, para nossa alegria, os governos ainda não conseguiram taxar o sonho. Aproveitemos.

Como dizia John Lennon, cujo pensamento e exemplo de vida retratam a tortura e a glória da minha geração, “voce pode até dizer que eu sou um sonhador; mas eu não sou o único”.
E, como Jonh, eu acredito que o sonho é possivel. Que é possivel um mundo sem países. Sem governantes nem papas, sem céu nem inferno. Um mundo formado pela assocaiação livre de homens e mulheres de boa-vontade.
Só homens e mulheres, unidos acima das fronteiras, constituindo o cosmo.

Clotilde Tavares
Natal, 15/04/93

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Música "O Ano Passado"

Comecei a ouvir as músicas de Roberto Carlos, com mais ou menos sete anos. Hoje que estou adulta, reconheço que as mensagens transmitidas por estas músicas contribuíram para formar meus valores.

A música ao veicular seu discurso tem a capacidade de influenciar o comportamento das pessoas. Isto é visivel, ao observarmos, fâ clubes, grupos e comunidades virtuais que se formaram a partir de preferências musicais. Como o propósito do nosso blog é Cuidar de Gaia, pretendo postar letras, que veiculem idéias capazes de estimular o nosso senso crítico em relação ao materialismo exarcebado, ao consumismo, ao motivo das guerras e outras questões que nos distanciam do mundo da sustentabilidade.

A música "O Ano Passado" invoca diversas reflexões. Num dos versos temos estas perguntas: O que será do futuro que hoje se faz? Da natureza as crianças e os animais?

Acredito que o futuro da natureza, das crianças e dos animais pode ser melhorado Acredito que podemos fazer do nosso planeta um paraíso. Só depende de cada um de nós. Façamos a nossa parte aqui e agora.

domingo, 17 de maio de 2009

A Carta da Terra

A Carta da terra

A Carta da Terra é uma declaração de princípios, visando à construção de uma sociedade, pacífica, sustentável, que promova o bem estar coletivo (...).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A carta do chefe Seatle

Em 1997, participei da formação de multiplicadores do seminário A Arte de Viver em Paz, criado por Pierre Weill. Foi nesta época que passei a conhecer a visão holística. Numa das vivências deste seminário conheci a carta do chefe Seatle. Seu conteúdo é adequado para este ciclo de degradação ambiental, tempo em que Gaia precisa de constantes cuidados. Continuo me emocionando com a mensagem de Seatle, por isso deixo que suas palavras sirvam de referência para o discurso veiculado em nosso blog.

A Carta

“Em 1854, o governos dos Estados Unidos propôs comprar uma ampla extensão de terra dos índios, promotendo criar, em troca, uma reserva indígena. A resposta do chefe Seatle, aqui transcrita integralmente, tem sido considerada a mais bela e profunda declaração jamais feita sobre o meio ambiente.” (Referência a carta e conteúdo são oriundos do Manual de formação de multiplicadores da Arte de Viver em Paz)

A carta do chefe Seatle

“Como se pode comprar ou vender o firmamento ou mesmo o calor da terra? Esta idéia nos é desconhecida.
Se não somos donos da frescura do ar, nem do reflexo das águas, como vocês poderão comprá-los?
Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo.
Cada verdejante mata de pinho, cada grão de areia das praias, cada gota de orvalho nos bosques escuros, cada montanha e até o ruído de cada inseto são sagrados para a memória e o passado do meu povo.


A seiva que circula pelas veias das árvores leva consigo a memória dos peles-vermelhas.
Os homens brancos que morrem esquecem seu país de origem quando passeiam entre as estrelas; no entanto nossos mortos nunca podem esquecer esta terra bondosa, já que ela é mãe dos peles vermelhas. Somos parte da terra, assim como ela é parte de nós.


As flores perfumadas são nossas irmãs; o veado, o cavalo, a grande águia, nossos irmãos. As montanhas íngremes, os campos úmidos, o calor do corpo do cavalo e o homem, todos pertecem a mesma família.
Por tudo isso, quando o Grande Chefe de Washington, nos envia esta mensagem, dizendo que quer comprar nossas terras, nos está pedindo demasiado. O grande chefe também diz que nos será reservado um lugar para que possamos viver confortavelmente. Ele se converterá em nosso pai e nós em seus filhos. Por isso, estudamos a sua oferta de comprar nossas terras. Isto não é fácil, já que esta terra é sagrada para o nosso povo.


A água cristalina que corre pelos rios e riachos não é somente água; ela também representa o sangue de nossos antepassados.
Se lhes vendermos a terra, deverão sempre se lembrar que ela é sagrada e, por sua vez, também deverão ensinar a seus filhos que é sagrada e que cada reflexo fantasmagórico das águas clara dos lagos conta os sucessos e memórias de vida da nossa gente.
O murmúrio da água é a voz do pai do meu pai. Os rios são nossos irmãos e saciam a nossa sede; levam nossas canoas e alimentam nossos filhos.

Se lhe vendermos nossas terras, vocês deverão lembrar sempre e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e que, também, são irmãos de vocês e, portanto, deverão tratá-los com o mesmo carinho com que se trata um irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de vida. Ele não sabe distinguir um pedaço de terra do outro, já que é um estranho que chega de noite e toma da terra aquilo que necessita. A terra não é sua irmã, mas, sim, sua inimiga. Uma vez conquistada a terra, o homem branco segue seu caminho, deixando atrás de si, o túmulo de seus pais, sem se importar com isto. Trata sua mãe, a Terra e seu irmão, o Céu, como objetos que se compram e se vendem, como ovelhas ou contas coloridas.

Seu apetite devorará a terra, deixando atrás de si apenas o deserto.
Não sei, mas o nosso modo de vida é diferente do de vocês. A simples visão de suas cidades causa pena aos olhos do pele-vermelha. Talvez seja porque o pele-vermelha seja um selvagem e não compreenda nada.


Não existe um lugar tranqüilo nas cidades do homem branco, nem há local onde se possa escutar o abrir das folhas das árvores na primavera, ou o vôo dos insetos. Mas, talvez, isso seja porque eu sou um selvagem que não compreenda nada.

O ruído gratuíto parece insultar nossos ouvidos. Além do mais, para que serve a vida se o homem não pode escutar o grito solitário do noitibó, nem as discussões noturnas das rãs à beira dos alagados? Sou um pele-vermelha e não entendo nada.

Nós preferimos o sussurro suave do vento sobre a superfície de um lago, assim como o odor desse mesmo vento purificado pela chuva do meio-dia ou perfumado com o aroma de pinho. O ar tem um valor inestimável para o pele vermelha, já que todos os seres vivos o mesmo ambiente: o animal, a arvore e o homem, todos respiramos o mesmo ar.

O homem branco não parece consciente do ar que respira; como um moribundo que vem agoniando há muitos dias, é insensivel qo que lhe rodeia.


Mas, se lhes vendermos nossas terras, deverão se lembrar de que o ar nos é inestimável, de que o ar compartilha seu espírito com a vida que sustenta. O vento, que deu a nossos avós o primeiro sopro de vida, também recebe seus últimos suspiros. E se lhe vendermos nossas terras, vocês deverão conservá-las como coisa muito especial e sagrada, como um lugar onde até o homem branco possa saboerear o vento perfumado pelas flores das pradarias.
Por isso, consideramos sua oferta e comprar nossas terras. Se decidirmos aceitá-la, eu colocarei uma condição; o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida.


Tenho visto milhares de búfalos apodrecendo nas pradarias, mortos a tiros pelo homem branco, de dentro de um trem em movimento. Sou um selvagem e não entendo como uma máquina a vapor pode ser mais importante que o búfalo que nos matamos para sobreviver.

Que seria dos homens sem os animais? Se todos os animais fossem exterminados, o homem também morreria de uma gande solidão espiritual. Porque o que acontecer com os animais, também acontecerá aos homens.

Tudo está entrelaçado.
Deverão ensinar a seus filhos que o solo é formado de cinza dos nossos avós. Enculquem em seus filhos que a terra está enriquecida com a vida e nossos semelhantes, a fim de que saibam respeitá-la.


Ensinem a seus filhos o que nós temos ensinado aos nossos; que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra acontecerá aos filhos da terra. Se os homens estragam o solo, estragam a si mesmos.
Isto nós sabemos; a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos. Tudo está entrelaçado como o sangue une a família.

Tudo está entrelaçado.
Tudo que acontecer a terra, ocorrerá a seus filhos. O homem não teceu a trama da vida, ele é só um elo; o que ele faz a trama, ele faz a si mesmo.
Nem sequer o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele de amigo para amigo, está isento do destino comum. Depois de tudo, talvez sejamos irmãos. Logo veremos.


Sabemos de uma coisa que talvez o homem branco descubra um dia; nosso Deus é o mesmo Deus de vocês. Voces podem pensar hoje Ele lhe pertence, do mesmo modo que desejam que nossas terras lhe pertençam; mas não é assim. Ele é o Deus de todos os homens e sua compaixão se divide por igual entre os peles-vermelhas e o homem branco. Esta terra tem um valor inestimável para Ele e, se vier a ser destruída provocará a IRA DO CRIADOR.

Também os brancos se extinguirão antes, quem sabe, que as nossas tribos. Contaminem o leito dos rios e uma noite morrerão afogados em seus proprios resíduos.
Porém vocês caminharão até a destruição, rodeados de glória, inspirado pela força do Deus que lhes trouxe a esta terra e que, por algum desígnio especial, lhe deu domínio sobre ela e sobre o pele-vermelha. Este destino é um mistério para nós, pois não entedemos porque se exterminam os búfalos, se domam os cavalos selvagens, se saturam os cantos secretos dos bosques com o hálito de tantos homens e se netulham a paisagem das clunas exuberantes com fios que falam. Onde está a mata? Destruida. Onde está a águia? Desapareceu. Termina a vida e inicia a sobrevivência.”

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Holístico é ou não é...

imagem do Google
Pierre Weill

As idéias de Pierre Weil, contribuem para para formar elos de fraternidade e buscar a nossa Unidade respeitando as nossas diferenças.

Bons Fluidos!!!
Atma ( Valéria Silva)

Holístico é ou não é...

Holístico é o espaço de encontro de tudo que a mente humana separa e separou através dos tempos.
Holístico é a árvore da vida em cujos galhos as folhas dançam ao vento da reunião.
Holístico não é nova religião.
nem nova filosofia
nem nova ciência
nem nova arte
nem novo partido politico
nem nova forma de pensamento, açao ou sentimento.
Holístico não é nova síntese
nem novo sincretismo
Nem novo coquetel espiritualista ou materialista ou os dois...
nem uma mistura de novos e/ou velhos... ismos
e, sobretudo, não é comércio...
Holistico é o calor das mãos dadas, dos corações unidos por cima das diferenças.
Holístico é o encontro do novo com o antigo; do convencional e do não convencional.
Holístico é o respeito às individualidades e às diferenças.
Holístico é o encontro da simplicidade de homens de boa vontade.
Holístico é o despertar da sabedoria e do amor recalcados por toneladas de conceitos e preconceitos.
Holístico é sala de reunião, teatro de arena, estúdio de dança da vida, montanha de sermões.
Ser contra o holístico é ser contra o espaço do canto do pássaro:
Quem pode ser contra a uma sala de reuniões?
Holístico é tranpolim de mergulho na imensidão do real.
Holístico é descoberta da beleza dos caminhos, das moradas do sem nome.
Do “sem nome” a quem tantos nomes deram, criando novas Torres de Babel, de mal entendidos e de guerras.
Holística é oportunidade de enfrentar e sair das crises da existência.
Holístico é descoberta da natureza, da vida da vida, da consciência da consciência.
Holístico é o abraço de bispo com Lama, Pastor, Rabino, Shaman, Sheik, Swami, Gnósticos, e Agnósticos, Crentes e Descrentes, Cientistas com artistas e filosóficos.
Holístico é o desvelar do verdadeiro sentido da tua crença, se ainda tiveres...
É a pssagem da crença ao verdadeiro saber.
Do saber à sabedoria do amor e da compaixão.
Holístico é um espaço irresistível que atrai todos que querem contribuir para salvar a vida deste planeta, pela descoberta da interferência de tudo com tudo no grande todo incomensurável, transfinito e atemporal.

Pierre Weil
II Congresso Holistico Internacional
Belo Horizonte, julho, 1991 Documento Final

terça-feira, 12 de maio de 2009

Uma nova concepção de vida


O texto "Uma nova concepção para a vida" [1] de Pierre Weill, serviu de base para o propósito do blog Cuidar de Gaia.
Uma nova concepção de vida
PIERRE WEIL

“(...) Acumulamos conhecimento em quantidade. Mas, sem sabedoria para usá-los, podemos destruir-nos e ao mundo que habitamos.

(...) Somos os expectadores privilegiados e os atores principais de mais este ato da “comédia humana. Trata-se de um momento de síntese, integração e globalização. Nesta fase, a humanidade é chamada a colar as partes que ela mesma separou nos cinco séculos em que se submeteu a ditadura da razão.

Esse esforço começa a se fazer necessário porque a crise de fragmentação chegou a limites extremos e ameaça a sobrevivencia de todas as formas de vida sobre a terra.

Dividimos arbitrariamente o mundo em território, pelos quais matamos e morremos. Já se produziram armas nucleares que poderiam destruir várias vezes o nosso planeta. A loucura e a competição são tão ferozes que ignoram o óbvio: não haverá uma segunda terra para ser destruída, nem ninguém ou coisa alguma para acionar o gatilho atômico depois da primeira vez.
Quebramos a unidade do conhecimento e distribuímos os pedaços entre os especialistas. Para os cientistas, demos a natureza; aos filósofos, a mente; aos artistas, o belo; aos teólogos, a alma.
Não satisfeitos, fragmentamos a própria ciência, espalhando-a pelos domínios da matemática, da física, da química, da biologia, da medicina e de tantas outras disciplinas. O mesmo ocorreu com a filosofia, a arte e a religião, cada um desse ramos se subdividindo ao infinito.

Como consequência, o mundo tornou-se uma verdadeira “torre de babel”, onde os especialistas falam cada qual a sua língua e ninguém se entendem.

A mais ameaçadora de todas as fragmentações, no entanto, foi a que dividiu os homens em corpo, emoção, razão e intuição, porque ela nos impede de raciocinar com o coração e de sentir com o dérebro.
Autor da Teoria da Relatividade, o físico Albert Eintein demostrou no ínicio do século que tudo no universo é formado pela mesma energia,[2]do mesmo modo que, embora vistos como diferentes, o gelo e o vapor são apenas água...

Desse modo, a fragmentação só existe no pensamento, cuja propriedade essencial é justamente a de classificar, dividir e fracionar, para, em seguida estabelecer relações entre estes fragmentos.

Recuperar a Unidade perdida significa recuperar a paz. Mas, desta vez, o inimigo a derrotar não é estrangeiro. Ele mora dentro de nós. É a força que isola o homem racional de suas emoções e intuições.

Foi a própria ciência moderna que começou a exigir o surgimento de uma nova consciência. Incapazes de responder às questões que eles mesmos formulavam, muitos físicos saíram em busca da psicologia, da religião e das mais importantes tradições[3] da humanidade.

Este encontro entre a ciência moderna, os estudos transpessoais e as tradições espirituais contitui o que chamamos de visão holìstica. É importante que tenhamos uma clara noção dessa mudança de visão e das consequências que ela traz para educação. (...)”

[1] Weil, Pierre. A Arte de Viver em Paz. São Paulo: Editora Gente, 1993. PP 19,20 e 21.
[2] LUPASCO, S. Les TROIS Matières. Paris, Juliard. 1960, NOREL, G. Histoire de la Matière et de la vie – Les Transformations de L’Évolution. Paris, Maloine. 1984.
[3] Este escontro transdiciplinar é objeto de uma das recomendações da declaração de Veneza, elaborada sob patrocinio da Unesco. Leia La Science face aux Confins de la Connaissance. Coloque International – La Déclaration de Venise. Paris, Ed. Du Félin. Colletion Science et Connaissance. 1987.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cuidar de Gaia

Cuidar de Gaia

Cuidar de Gaia é a razão da existência deste blog. Meu objetivo é divulgar um discurso que contribua para o desenvolvimento humano e cuidado com o meio ambiente. Gaia significa terra em grego. Cuidar de Gaia, numa abordagem holística, significa zelar de tudo o que pertence a terra. Cuidar de nós, dos nossos irmãos do reino animal e vegetal e de tudo que compõem a natureza.