domingo, 25 de julho de 2010

Frei Betto


Consumo, logo existo
Frei Betto *

Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc.A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.
É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.
A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.
Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.

terça-feira, 20 de julho de 2010

.Fundação Findhom

Por Atma Vydia
Uma maneira de viver baseado em valores ecológicos e espirituais, faz com que os moradores da Fundação Findhom obtenham seu sustento sem agredir a natureza. Como esta fundação várias outras estão emergindo em diversas partes do mundo, contribuindo para que possamos mudar a visão consumista para uma maneira mais ecologica de viver, tendo como um dos pilares a sustentabilidade e os respeito a todas as formas de vida
Findhor foudantion

O que é a fundação Findhom
    Texto de Vera Faria postado por Margarida Neto

Findhorn é uma Comunidade Espiritual, situada no norte da Escócia, a escassos quilómetros do Mar do Norte. Inicialmente conhecida pelos seus trabalhos em horticultura e jardinagem, também passa a ser famosa pelas suas comunicações com os reinos subtis da natureza. Finalmente, converteu-se no que é agora: um centro de educação espiritual e holística.

O seu objectivo é ajudar-nos a descobrir a nossa verdadeira natureza como seres espirituais capazes de fazer a diferença positiva no mundo. A sua filosofia de vida baseia-se na crença de que a humanidade se está aproximar de uma expansão

evolucionária da consciência, que criará novas pautas para a civilização e uma cultura humana imbuída de valores espirituais.

Actualmente, vivem em Findhom cerca de trezentas pessoas, entre adultos e crianças. O trabalho desenrola-se através de dois canais: o Centro Educacional e a Vila Planetária.

O Centro Educacional proporciona às pessoas uma oportunidade de viver e trabalhar com os outros membros; o seu propósito é ajudar os participantes a descobrirem a sua própria sabedoria e vida interior.

Nessa Escola, a aula é mesmo a vida: aí, as actividades diárias fazem o "currículo" e provêem o elemento catalítico para a transformação.

Na vida quotidiana, faz-se o espírito de comunidade. Esse espírito de "comum unidade" une a todos e é a base para um conhecimento mais profundo das relações com cada um, com a terra e com todos os Reinos da Natureza.

Actualmente, chama-se Fundação Findhorn, fica perto da cidade de Forres e de uma aldeia de pescadores chamada Findhorn Bay, a quase 40 quilómetros a Este de Inverness, muito perto do Mar do Norte.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Gaia está doente. É possível curá-la

Matéria produzida durante 3º semestre 2007.2 do curso de jornalismo/Faculdade 2 de julho.

                                                                                                           Por Atma Vydia
Gaia está doente. A gravidade do seu quadro é percebida no desequilíbrio climático e nos furacões como o Katrina que causou graves problemas à cidade de Nova Orleans nos Estados Unidos. Uma das causas mais evidentes desta doença é uma febre chamada aquecimento global.
A palavra Gaia na antiga mitologia grega significa a terra viva.

O relatório do painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em fevereiro, trouxe várias informações sobre o estado de Gaia, uma delas é que sua está temperatura aumentando. Em 1905, a temperatura da terra era em torno de 13,78 graus Celsius. Agora, está em torno de 14,5, e de acordo com os especialistas do relatório está esquentando mais do que deveria e causando sérios problemas ao planeta.

Quem é o culpado pela febre de Gaia? Os pesquisadores do IPCC concluíram que a ação do homem ao usar os recursos da natureza visando apenas o lucro é um dos maiores responsáveis pelo desgaste ambiental. Através das queimadas, da queima de combustíveis fósseis e usufruindo sem limites de tecnologias, como automóveis, gás de cozinha e eletrodomésticos, o homem aumenta o nível de poluentes contribuindo para o aquecimento da terra.


O aumento da fome e da pobreza, a falta de água, furacões, derretimento das geleiras e elevação do nível dos mares são algumas previsões, feitas pelos cientistas do IPCC, no relatório divulgado em fevereiro. Elas já estão ocorrendo e podem se agravar se não tomarmos providências para evitarmos o desgaste ambiental.
Leia mais

domingo, 4 de julho de 2010

Catástrofes da natureza e um Novo Mundo

                                Por Atma Vydia                                                                                                                                                                             
As catástrofes que vem acontecendo com a terra é resultado de seu choro perante a destruição que estamos causando a ela. Não se assustem achando que nosso planeta será destruído. Nem água, nem fogo, nem ciclone, nem tufão conseguirá destruir o Amor Universal que deu vida a tudo que possa existir.

 Imagem do Google                                                           
Certa noite, observando as estrelas enxerguei um novo mundo. Um mundo arborizado e com peixes nadando em rios e mares não poluídos. Um mundo, em que não existia fome porque cada ser humano sabia partilhar o pão. Um mundo com pássaros cantando, flores perfumadas, crianças felizes e pessoas sorridente que se tornaram guerreiros da Galáxia do Amor Universal.  Guerreiros sem as armas violentas do antigo paradigma que matam o corpo mas não conseguem matar o espírito. Guerreiros que conhecem o poder da palavra e que as usa de maneira positiva porque sabem que elas tem o poder criador.
Bons fluidos!!!
Atma Vydia.

Pensamentos

"Quem me dera que as pessoas que se encontam
se abraçassem como velhos conhecidos
descobrissem que se amam e se unissem na verdade
dos amigos."
Roberto Carlos e Erasmo Carlos

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Ponto de Mutação

Por Atma Vydia
Li o ponto de Mutação em 1996, através deste livro comprendi o reducionismo do pensamento cartesiano, que com seu materialismo e dualismo serviu de base para a medicina, psicologia, educação , etc. Fritoj Capra, o autor deste livro ao refletir sobre a visão holística nos motra que tudo está interligado, a parte e o todo se influenciam mutualmente. Abandonei a faculdade de Bacharelado em História em 1994, pois descobri que os ensinamentos academicos eram cartesianos. Depois de de 12 anos me dedicando as terapias com abordagem holistica, resolvi em 2006, voltar para faculdade, fui cursar  jornalismo. No contexto da faculdade atual,  descobri mudanças em relação ao conhecimento, mas constatei que muito do que se ensina ainda está pautado no paradgma  cartesiano.
Fritoj Capra

Mensagem de Fritoj Capra retirada  do livro O Ponto de Mutação:
“ Estocamos dezenas e milhares de armas nucleares, suficientes para destruir o mundo inteiro várias vezes, e a corrida armamentista prossegue a uma velocidade incoercível. Em novembro de 1978, quando os Estados Unidos e a União Soviética estavam completando sua Segunda rodada de conversações sobre os tratados de limitação de Armas Estratégicas, o Pentágono lançou seu mais ambicioso programa de armas nucleares em duas décadas; dois anos depois, isso culminou no maior boom militar da história: um orçamento qüinqüenal de defesa de 1 trilhão de dólares. Desde então, as fábricas norte-americanas de bombas vêm funcionando a plena capacidade. Na Pantex, a fábrica do Texas onde são montadas todas as armas nucleares dos Estados Unidos, foram contratados operários extras para perfazer um segundo e um terceiro turnos diários adicionais a fim de aumentar a produção de armas cujo poder destrutivo é alarmante”